Crescimento do interesse de pequenos produtores rurais pelo cultivo Florestal

Pequeno Fragmento Florestal em meio a agricultura.

Timidamente, a cultura florestal vem ganhando espaço em pequenas propriedades rurais, em regiões de economia tradicionalmente agropecuárias, devido à apresentação técnica de viabilidade econômica a médio/longo prazo, que normalmente era/é de difícil entendimento aos proprietários.

O período de retorno mais longo confrontado com o menor capital investido, a menor oscilação de mercado e a menor suscetibilidade a variações climáticas e ataque severo de pragas e doenças são as características que mais atraem os pequenos produtores, pela troca da agricultura/pecuária pelo cultivo florestal. 

Cabe ressaltar a necessidade de avaliação econômica “in locu”, e sempre lembrar que até que se feche o ciclo econômico, o agricultor necessitará de outra fonte de renda, e que mesmo após tal fechamento, o ideal é que nunca ele dependa de uma única fonte de renda, lembrando que o cultivo florestal demanda muito pouca mão-de-obra após, em média, o primeiro/segundo ano de plantio.  

Ademais, vejo como nosso (engenheiros florestais, agrônomos e médicos veterinários) grande desafio a inserção de projetos de sistemas florestais que consorciem agrícola/pecuária e florestal, os sistemas agroflorestais (agricultura e florestal) ou agrosilvopastoris (agricultura, floresta e gado), os quais sabemos das vantagens que extrapolam as fronteiras ambientais, econômicas e sociais.

Marçal Akira Hanawa

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Publicado anteriormente como nota no Facebook do autor do texto. (quinta, 17 de fevereiro de 2011.)